Infinito. Vastas possibilidades desconhecidas de conexões improváveis percorrendo a trilha tênue de mundos sem nexo e aterradores destinos onde o mais puro ser se dobra à fatalidade macabra onde membros destroçados oferecidos ao nada de sua azulada tv 29 polegadas comprada na última liqüidação oferecida pela linda realidade rapidamente esquecida na próxima esquina da semana inócua de sua vida vã onde ternos homens de terno passeiam entre ruas entulhadas de carros e gentes com rumo e pessoas sorridentes sem força mais para viver a verdadeira força de estar vivo e onde a luta diária se torna a luta estúpida por se mais fazer valer pessoalmente que viver. VIVER, é a palavra chave. Infinito. Pois então. Onde foi sua última palavra? A última declaração verdadeira de amor infinito e cruel e sem dó da própria culpa? A entrega e orgânica vontade de esquecer tudo o que passou ou está por vir? Infinito. O declínio já começou. Numa rocha à beira mar, olhando distante e sem motivo. Já começou. Já estava lá imperceptível e sem glória. Sem ninguém para lhe assistir. O Declínio. Andando, andando, anda sem mais querer, vou lhe contar urna história:
Nasci e nem me lembro. E pergunto, como e por que uma pessoa pode nascer e não se lembrar, droga! É a porra do momento mais esdrúxulo da vida, e ninguém nem se lembra de nada! Bizarro. Uma vez sonhei um sonho estranho: Três pessoas vestidas como personagens bíblicos, sombrias e distantes se aproximam de mim. Nada dizem, nada demonstram. Só se aproximam. Lentamente. Silenciosamente. Elas, eles, aquilo, se aproxima e o terror se instalando paulatinamente, com seus dedos frios e compridos, acariciando a cabeça...comprimindo... Nada demais? Só se você não estivesse lá. O sonho arcaico. Primevo. Fundador. Eles ( três), apenas se aproximam. Caminham lentamente. Silenciosamente. Da janela, uma explosão. Três letras...quais são? J...N...sei , merda, lá!! Os três me assombram ainda hoje. Não sonho mais com eles. Nem penso mais neles, mas o que significavam?? Sonho 2 – Estou ali naquela sala imensa e branca. Pura. Santuário? Cubos, hexaedros, cones, formas perfeitas e imensas...Movo-as de um ponto a outro, sem questionar, passo a passo, movimento contínuo, repetido, sempre, sempre, sempre, mais...e sempre...e eu só tinha ...quantos anos? 12, 15, 17?? sei lá! Sonhos tão perfeitos em sua premonição ingênua e perfeita. Ei, acredite neles! Prova viva. Se eu pudesse avisar alguém...se só pudesse fazer acreditar...Os três, os cubos, a pedra grande, areia, mar...mar indecifrável.
A. Cepa
Continua (?)
27 comments:
A melhor parte da febre são os delírios.
Aproveita, mas volta, bonitão.
Ah! esquece a Glória.
começo a ficar intrigado...
busca espiritual...caminho sem volta...
miguel cordeiro
é isso aí, cebola. bacana seu relato. a minha opinião. repito, a minha opinião, q na real não importa muito, é q vc deve sempre alimentar o seu blog e orientá-lo pra essas coisas tambem. seu universo q é bem mais amplo q esse negócio de rock. rock´n´roll é vital pra gente mas é uma coisa limitada e limitante quando a cabeça explora outras galáxias. e tenho dito.
pequeno sinal.
mas como se diz, problemas têm família grande.
grande apreço.
revolver. espaço de coldre no coração em tripas. alhures. formicida shell combustivel de sensações intrigas de nectarina
delicioso veneno
ourives de britas olhar damasceno cobrindo o couve flor. trampolim. vento portão aguçado em soluços
Miguelito, claro q sua opinião importa, e sempre, véi, valeu.
Anonimos insanos, custa se identificar, só um pouquinho aí, vai!
são só centelhas de apreço que não causam incêndio no mar...
ei, bonitão, como sabe que é mais de um?
autonomia burlesca latitude sorrateira. djavan. algarismos luminosos apontam caminhos indefesos
puta mierda, djavan Nao!!!!!!!
sectarismos expandem soluções em cabeçorras limitadas alteradas por mentes zero quatro. syd barret. alpaca em óleo de rúcula pastam no horizonte
ah, bom, syd barret, ok!
porra, zero quatro não. fred zero quatro é que nem djavan porra. chato pra caralho
rápido. excitante. dos pêssegos às manchas. duvidei, alguém mais? volver doces sopros. perdão pela tolice.sigo na intuição.
automática neurose de nuvens rasteiras. até quando? revanche na memória de aspectos acumulativos sobressaltos em espartilhos necessários.
torpezas guaricemas evocam raízes acrobáticas de encantadoras brumas. milanesas esgotadas trafegam no paralelepípedo de folhas andinas. travas de freio de mão sempre provocam coriza
químicas passadas presentes. em qualquer lugar, um abismo. incertezas determinam minha ousadia. exaltação me condena.
no horizonte dos torvelinhos que saúdam postes de lamparinas analógicas, goles rasteiros alteram a consciencia dos manguezais em linha de produção chapliniana.
balbúrdias em nome de algo amistoso revelam colarinhos de capadócios. alvitre. açúcares refinados em fornalhas fecundadas impedem o acréscimo de alegrias desbotadas
meu desejo? embriaguez. ouso suspirar a trégua.
paisagens flamencas no coral de recifes do altivo olfato. cortes de terremotos revelam entranhas do ser incandescente. navegação. turbinas de espumas na lâmina do mármore
dos sonhos ao tremor na insana insônia. o que me resta?
ir dormir, talvez?
o fim
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