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Saturday, April 21, 2007

Vórtice

Infinito. Vastas possibilidades desconhecidas de conexões improváveis percorrendo a trilha tênue de mundos sem nexo e aterradores destinos onde o mais puro ser se dobra à fatalidade macabra onde membros destroçados oferecidos ao nada de sua azulada tv 29 polegadas comprada na última liqüidação oferecida pela linda realidade rapidamente esquecida na próxima esquina da semana inócua de sua vida vã onde ternos homens de terno passeiam entre ruas entulhadas de carros e gentes com rumo e pessoas sorridentes sem força mais para viver a verdadeira força de estar vivo e onde a luta diária se torna a luta estúpida por se mais fazer valer pessoalmente que viver. VIVER, é a palavra chave. Infinito. Pois então. Onde foi sua última palavra? A última declaração verdadeira de amor infinito e cruel e sem dó da própria culpa? A entrega e orgânica vontade de esquecer tudo o que passou ou está por vir? Infinito. O declínio já começou. Numa rocha à beira mar, olhando distante e sem motivo. Já começou. Já estava lá imperceptível e sem glória. Sem ninguém para lhe assistir. O Declínio. Andando, andando, anda sem mais querer, vou lhe contar urna história:

Nasci e nem me lembro. E pergunto, como e por que uma pessoa pode nascer e não se lembrar, droga! É a porra do momento mais esdrúxulo da vida, e ninguém nem se lembra de nada! Bizarro. Uma vez sonhei um sonho estranho: Três pessoas vestidas como personagens bíblicos, sombrias e distantes se aproximam de mim. Nada dizem, nada demonstram. Só se aproximam. Lentamente. Silenciosamente. Elas, eles, aquilo, se aproxima e o terror se instalando paulatinamente, com seus dedos frios e compridos, acariciando a cabeça...comprimindo... Nada demais? Só se você não estivesse lá. O sonho arcaico. Primevo. Fundador. Eles ( três), apenas se aproximam. Caminham lentamente. Silenciosamente. Da janela, uma explosão. Três letras...quais são? J...N...sei , merda, lá!! Os três me assombram ainda hoje. Não sonho mais com eles. Nem penso mais neles, mas o que significavam?? Sonho 2 – Estou ali naquela sala imensa e branca. Pura. Santuário? Cubos, hexaedros, cones, formas perfeitas e imensas...Movo-as de um ponto a outro, sem questionar, passo a passo, movimento contínuo, repetido, sempre, sempre, sempre, mais...e sempre...e eu só tinha ...quantos anos? 12, 15, 17?? sei lá! Sonhos tão perfeitos em sua premonição ingênua e perfeita. Ei, acredite neles! Prova viva. Se eu pudesse avisar alguém...se só pudesse fazer acreditar...Os três, os cubos, a pedra grande, areia, mar...mar indecifrável.

A. Cepa

Continua (?)

27 comments:

Anonymous said...

A melhor parte da febre são os delírios.
Aproveita, mas volta, bonitão.

Ah! esquece a Glória.

cebola said...

começo a ficar intrigado...

Unknown said...

busca espiritual...caminho sem volta...

Anonymous said...

miguel cordeiro
é isso aí, cebola. bacana seu relato. a minha opinião. repito, a minha opinião, q na real não importa muito, é q vc deve sempre alimentar o seu blog e orientá-lo pra essas coisas tambem. seu universo q é bem mais amplo q esse negócio de rock. rock´n´roll é vital pra gente mas é uma coisa limitada e limitante quando a cabeça explora outras galáxias. e tenho dito.

Anonymous said...

pequeno sinal.
mas como se diz, problemas têm família grande.
grande apreço.

Anonymous said...

revolver. espaço de coldre no coração em tripas. alhures. formicida shell combustivel de sensações intrigas de nectarina

Anonymous said...

delicioso veneno

Anonymous said...

ourives de britas olhar damasceno cobrindo o couve flor. trampolim. vento portão aguçado em soluços

cebola said...

Miguelito, claro q sua opinião importa, e sempre, véi, valeu.

Anonimos insanos, custa se identificar, só um pouquinho aí, vai!

Anonymous said...

são só centelhas de apreço que não causam incêndio no mar...

Anonymous said...

ei, bonitão, como sabe que é mais de um?

Anonymous said...

autonomia burlesca latitude sorrateira. djavan. algarismos luminosos apontam caminhos indefesos

cebola said...

puta mierda, djavan Nao!!!!!!!

Anonymous said...

sectarismos expandem soluções em cabeçorras limitadas alteradas por mentes zero quatro. syd barret. alpaca em óleo de rúcula pastam no horizonte

cebola said...

ah, bom, syd barret, ok!

Anonymous said...

porra, zero quatro não. fred zero quatro é que nem djavan porra. chato pra caralho

Anonymous said...

rápido. excitante. dos pêssegos às manchas. duvidei, alguém mais? volver doces sopros. perdão pela tolice.sigo na intuição.

Anonymous said...

automática neurose de nuvens rasteiras. até quando? revanche na memória de aspectos acumulativos sobressaltos em espartilhos necessários.

Anonymous said...

torpezas guaricemas evocam raízes acrobáticas de encantadoras brumas. milanesas esgotadas trafegam no paralelepípedo de folhas andinas. travas de freio de mão sempre provocam coriza

Anonymous said...

químicas passadas presentes. em qualquer lugar, um abismo. incertezas determinam minha ousadia. exaltação me condena.

Anonymous said...

no horizonte dos torvelinhos que saúdam postes de lamparinas analógicas, goles rasteiros alteram a consciencia dos manguezais em linha de produção chapliniana.

Anonymous said...

balbúrdias em nome de algo amistoso revelam colarinhos de capadócios. alvitre. açúcares refinados em fornalhas fecundadas impedem o acréscimo de alegrias desbotadas

Anonymous said...

meu desejo? embriaguez. ouso suspirar a trégua.

Anonymous said...

paisagens flamencas no coral de recifes do altivo olfato. cortes de terremotos revelam entranhas do ser incandescente. navegação. turbinas de espumas na lâmina do mármore

Anonymous said...

dos sonhos ao tremor na insana insônia. o que me resta?

Anonymous said...

ir dormir, talvez?

Anonymous said...

o fim