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Saturday, April 28, 2007

Favoritos particulares & Reclame Comercial


Momento Inesquecível ( Título em português ): Eu adoro este filme. Ficou uma semana em cartaz, no Iguatemi, lá por 84, 85, sei lá. Fui ver sem maiores expectativas, num Domingo nublado, frio. Foi, para mim, marcante e, sem trocadilho, ou com mesmo, um momento inesquecível. Demorou mais de 20 anos para eu voltar a assisti-lo, agora em dvd, que tive que importar, pois por aqui acho que nunca existiu. A Second Spin resolveu meu problema. Comecei a assistir meio que com aquele receio de destruir a imagem mental que eu tinha daquele momento. Que nada. Adorei de novo cada diálogo, cada cena, cada sugestão. Recomendo com louvor. É um cult particular. Foge de clichês, de soluções óbvias, mantendo sempre uma aura, um clima, meio fantástico, mágico, bizarro, alegre, mas também nostálgico e melancólico. Dirigido pelo inglês Bill Forsyth, e com a especialíssima participação de Burt Lancaster, Local Hero ainda conta com uma trilha fabulosa de Mark Knopfler, onde ele capta muito bem todo este clima meio onírico e nostálgico do filme. Para maiores informações, vá em: http://www.allmovie.com/cg/avg.dll?p=avg&sql=1:29815~T0 , e se quiser assistir, me arranja uma mídia que faço uma cópia ( legendas só em inglês e espanhol ).



NICO soberba: DESERTSHORE ( 1970 )



Conheci agora e já se tornou um favorito instantâneo. Colaboração entre Nico e John Cale ( ambos ex- Velvet Underground ), aqui os dois se superam em lirismo, crueza, dor e contrapontos, em um disquinho assombroso ( e quase assombrado, de tão assustador). Nico cantando praticamente à capela em My Only Child, arrepia até os pelos dos dentes. John Cale está em estado de graça e faz a cama gótica/clássica para Nico derramar sua voz gelada como o Alasca (como todos os seus amigos a chamavam!? ).



Obrigatoriíssimo!! (se é que isso existe). Comprem, roubem ou baixem e curtam até o fim.



ODESSEY AND ORACLE - THE ZOMBIES







De 1968, brilhante, pop e psicodélico, um elo perdido entre Beatles, Byrds e Beach Boys, este disco é outra dessas maravilhas que não cansarei de ouvir nunquinha. Com o diferencial de um órgão/piano mezzo clássico mezzo jazz, os Zombies não fizeram sucesso como seus contemporâneos citados, mas deixaram essa brincadeira de gênios para a posteridade. Perfeito, além do necessário, a banda já tinha se desfeito quando foi lançado. Período fértil, cheio de glórias e mitos, mas também de gênios obscuros e estrelas ofuscadas. Mas não descansem em paz antes de ouvir este disco. Estes “Zombies” também detonam (além dos de George Romero, né Chico?).
Theatro de Séraphin e Pessoas Invisíveis, Sábado, Zauber, 05/05


e o rock continua rolando...



Inté mais ver,

Cebola

Saturday, April 21, 2007

Vórtice

Infinito. Vastas possibilidades desconhecidas de conexões improváveis percorrendo a trilha tênue de mundos sem nexo e aterradores destinos onde o mais puro ser se dobra à fatalidade macabra onde membros destroçados oferecidos ao nada de sua azulada tv 29 polegadas comprada na última liqüidação oferecida pela linda realidade rapidamente esquecida na próxima esquina da semana inócua de sua vida vã onde ternos homens de terno passeiam entre ruas entulhadas de carros e gentes com rumo e pessoas sorridentes sem força mais para viver a verdadeira força de estar vivo e onde a luta diária se torna a luta estúpida por se mais fazer valer pessoalmente que viver. VIVER, é a palavra chave. Infinito. Pois então. Onde foi sua última palavra? A última declaração verdadeira de amor infinito e cruel e sem dó da própria culpa? A entrega e orgânica vontade de esquecer tudo o que passou ou está por vir? Infinito. O declínio já começou. Numa rocha à beira mar, olhando distante e sem motivo. Já começou. Já estava lá imperceptível e sem glória. Sem ninguém para lhe assistir. O Declínio. Andando, andando, anda sem mais querer, vou lhe contar urna história:

Nasci e nem me lembro. E pergunto, como e por que uma pessoa pode nascer e não se lembrar, droga! É a porra do momento mais esdrúxulo da vida, e ninguém nem se lembra de nada! Bizarro. Uma vez sonhei um sonho estranho: Três pessoas vestidas como personagens bíblicos, sombrias e distantes se aproximam de mim. Nada dizem, nada demonstram. Só se aproximam. Lentamente. Silenciosamente. Elas, eles, aquilo, se aproxima e o terror se instalando paulatinamente, com seus dedos frios e compridos, acariciando a cabeça...comprimindo... Nada demais? Só se você não estivesse lá. O sonho arcaico. Primevo. Fundador. Eles ( três), apenas se aproximam. Caminham lentamente. Silenciosamente. Da janela, uma explosão. Três letras...quais são? J...N...sei , merda, lá!! Os três me assombram ainda hoje. Não sonho mais com eles. Nem penso mais neles, mas o que significavam?? Sonho 2 – Estou ali naquela sala imensa e branca. Pura. Santuário? Cubos, hexaedros, cones, formas perfeitas e imensas...Movo-as de um ponto a outro, sem questionar, passo a passo, movimento contínuo, repetido, sempre, sempre, sempre, mais...e sempre...e eu só tinha ...quantos anos? 12, 15, 17?? sei lá! Sonhos tão perfeitos em sua premonição ingênua e perfeita. Ei, acredite neles! Prova viva. Se eu pudesse avisar alguém...se só pudesse fazer acreditar...Os três, os cubos, a pedra grande, areia, mar...mar indecifrável.

A. Cepa

Continua (?)