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Thursday, September 11, 2008

"The man in black fled across the desert, and the gunslinger followed"

The Dark Tower, Stephen King. Só quero ainda estar vivo pra assistir o ( os?? ) filme ( S?). Os sete ( !!! ) livros já foram.
Sergio Cebola Martinez

Thursday, August 28, 2008

Bom te ver de novo!

HEY hey, My my!! É bom quando voltamos pra casa às vezes, não?

Quando depois de vagar às cegas por sombras e claridades cegantes e estórias estranhas de sons estranhos em estranhas circunstâncias.

De repente ( como sempre nessas estórias, né? ) parece que estivemos uns dez anos ( loucos anos ) longe/perto de nada.

De repente estamos na beira da estrada de ouro de tolo, cansados e tristes e sem vontade e alguns cigarros e sem muito mais que uma mínima sensação de deslocamento...e solidão.

E cai nas suas mãos Warpaint, destes cavalheiros afinados com o mais puro vício em fontes distantes.

Não há milhões de informações. Não há busca ao futuro. Há música. e da boa. Sem lenga lenga. Esta bolacha é saborosa. É simples. Um exílio na rua principal. Um canto. Uma casa.

É bom quando voltamos pra casa às vezes, não?

Valeu pela carona, Corvos!

Sergio Cebola Martinez

Tuesday, June 24, 2008

Ouve aí


"Before you play two notes learn how to play one note - and don't play one note unless you've got a reason to play it." - Mark Hollis (1998)
1991. Talk Talk. It´s my life todos se lembram. Laughin Stock, não. Nenhum nicho pra esse aqui. O rótulo só apareceu depois, e pra outros: pós-rock. Mas não é nada disso. É só música. Delicada. Intensa. Fluindo como folhas na brisa do fim da tarde. Assustadora. Bonita. Não ouvida. Obra-prima é como chamam. Pra passear com você conversando com seus sentidos. Ouve aí.
Sergio Martinez

Tuesday, April 22, 2008

berlinda e Cascadura



Esse post é em causa própria. Festa de lançamento de Mar de Calma e aniversário do Cascadura, 16 aninhos de labuta no rock, é pouco? Ainda tem três djs de lambuja.



Tuesday, April 08, 2008

Shine A Light, Mr. Scorcese, Shine a Light!



Martin Scorcese tinha a intenção de mostrar a banda para as novas gerações. Definitivamente, ele conseguiu. Não apenas um show filmado. Isso todos já viram. Quem já assistiu Gimme Shelter, fantástico documentário da turnê de 1969 ou qualquer dos shows dos Stones por essas e outras paragens já tinha visto isso. Scorcese foi além. Bem mais. Shine a Light é, como diz seu título, uma luz brilhante na filmografia de seu diretor, e na dos Rolling Stones também.















Como se filmado de dentro do palco, os espectadores se sentem “cercados” pela banda em um show daqueles de se imaginar em um evento único. Dizer que a banda está afiada é chover no lago das obviedades. Dizer que o filme é um novo “olhar” sobre um show de rock é pretensioso e, ao mesmo tempo, café pequeno diante de um detalhe soberbo: O Som! Ou a forma como ele foi tratado. Quando uma das dezesseis (!) câmeras capta mr. Richards descendo a mão direita nas seis cordas, o som da sua guitarra assume repentinemente o primeiro plano, esmiuçando em detalhes séculos de discussões teóricas a cerca do que seja técnica soberba ou feeling de gênios. Ronnie e Keith protagonizam tal duelo de riffs e frases, com suas guitarras assumindo este primeiro plano sonoro todas as vezes em que são filmadas, que acabamos percebendo finalmente como uma intenção, aquela de Scorcese, sai do âmbito da mera retórica populista e adentra um quase didatismo musical, longe de pedante, porém exato e, vamos lá, divertidíssimo.




Os Stones são a maior banda de garagem do mundo. Quando escutamos Satisfaction, no fim, percebe-se por que só eles a tocam de forma a, ainda, empolgar. São sujos, erram as vezes ( né Mr. Keith? ), escolhem os timbres certos, arriscam ainda ( She Was Hot?? que beleza ficou! ). E executam versões descaralhantes de canções semi-obscuras: Far Way Eyes, e até mesmo, Some Girls, para mim, o momento ápice do show, com Mick Jagger assumindo uma terceira guitarra escandalosa de suja e metendo aquela parede honky_tonky peito a dentro de forma que só eles fazem. Sobre este senhor, nada a declarar. Jagger continua sendo Jagger. Perfeccionista, exagerado, cantando de forma bluesy como quase ninguém hoje em dia, definitivamente, dominando a sua arena.

As participações? Jack White rindo de nervoso em Lovin´ Cup, Buddy Guy arrombando tudo e ainda ganhando uma guitarra de presente de Keith Richards e, pasmem, em Live With Me, até dona Cristina Aguilera não comprometeu. Também, com essa música, só se fizesse muita merda mesmo.

Scorcese exagerou. As câmaras aparecem o tempo todo. O seu nervosismo não parece fake mesmo. Há muito tempo espero algo assim. Mesmo sem saber. Um documentário musical sobre uma banda de rock em que um dos protagonistas é simplesmente O Som! Que coisa óbvia, não? O fogo cruzado de riffs das duas guitarras assumindo repentinamente o primeiro plano é, repito, o ponto alto deste filme.

Eu pretendo aproveitar as quartas de promoção pra rever algumas vezes ( certo, sou doente mesmo ), vamos lá?

Ah sim! Sobre a idade ou relevância dos caras? Por favor, não me faça rir.

Sergio Cebola Martinez

Thursday, March 06, 2008

Fatalidade Embriagada e Mágica


O primeiro acorde da primeira canção deste cd da Theatro de Séraphin ( a primeira gravação sem a guitarra do atual Cascadura, Candido Sotto na formação ) soa, e ali aparece condensado em segundos todo o universo árido, sombrio e pessoal da pós-psicodelia-punk ( é possível isso aí? ) banda de senhores Artur ( voz e guitarra ), Marcos ( baixo e Voz ), Dantas ( Bateria ) e César Vieira ( guitarras ).

Camadas e mais camadas de guitarras climáticas, naquela linha Will Seargent/John Squire/Johnny Marr do indie/guitarhero soteropolitano ( PORRA! ) Cesar, resgatado do limbo para substituir aquele que alguns achavam insubstituível. A personalidade de Vieira está ali, em cada bit da gravação, resgatando aquela sonoridade oitentista inerente à banda e arrastando-a um pouco ( mas só um pouco ) para as proximidades do guitar/indie/pop dos 90. As guitarras negociam e/ou pontuam espaços com as letras “navalha afiada” de Artur Ribeiro e Marcos Rodrigues, o Yin e o Yang, claro/escuro do teatro de sombras seraphínico.

Não é um disco “fácil”. Seu clima meio desértico, lento, sufocante, pode a princípio até assustar almas desavisadas. Mas sua beleza reside exatamente no desafio da aposta cega. Não há concessão, não há dúvida. “Tristeza” é exatamente o que ameaça ser. Angústia e esperança, dor e busca. “Doralice” não é colorida com compreensão ( Escute: Quando Artur canta “Ela abre a janela/Mas Doralice não sabe voar”, eu não percebo nem uma gota de compaixão pelo seu destino. Antes sarcasmo, ironia e até um uma certo humor negro, mas nunca um lamento, não seria isso, garotos? É minha opinião, de qualquer maneira). E assim por diante.

Uma grande estréia, em um Ep com seis grandes drops de agonia sônica. Parabéns, caras!


Sérgio Martinez




Friday, January 04, 2008

A gente se vê


Ouçam The Byrds. Tudo. E feliz 2008. Até.

Sergio Cebola Martinez