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Wednesday, September 27, 2006

Nova Seção


Inaugurando essa nova seção, um poema de um brother dos tempos de universidade que sempre achei legal. Quem quiser colaborar, com letra, poema, conto, o diabo, manda pra mim que pode ser que eu publique. Essa imagem aí de cima, afanei na internet e perdi a origem e autoria, quem souber, por favor, me informa que eu credito devidamente. Só pra passar tempo. (Essa eu credito, é do Camisa de Vênus, quer dizer, The Jam, ah, você escolhe)

A Peça Perdida ( Rosebud)


O tempo não nos mantém mais perto
por passar
o tempo não mais nos afasta
por existir
os segundos inflexíveis ficam
para trás
e adiante a última estação
se aproxima

o sol nem brilha mais em você
como costumava, em seus olhos

guarde o que puder na lembrança
e siga em frente
que na sombra indiferente dos caminhos que se cruzam
há uma peça perdida deste jogo sem fim

quem haverá de encontrar o botão da rosa
depois de todo esse tempo?
Quem haverá de enxergar a peça que falta
deste quebra cabeça?

E o sol nem brilha mais tanto em você
como costumava em seus olhos de amêndoa


Allio Cepa

Monday, September 18, 2006

Entrevista: FÁBIO GOLFETTI - Violeta De Outono

CANTO DO EXTREMO DO MUNDO

Para quem não conhece, Fábio Golfetti é o mentor, guitarrista, compositor, letrista, produtor, divulgador, alma e cérebro por trás da, sob minha visão pessoal, melhor banda surgida na década de 80, o Violeta de Outono. Não que muita coisa desta década tenha realmente me empolgado, apesar de toda essa pressão revivalista e revisionista de um período, sem dúvida, crucial, na formação da nossa música pop, porém meio brochante para aqueles que, como eu, não tinha descoberto o rock via "uma porção de batatas fritas". Mas o Violeta realmente me empolgou, com suas melodias etéreas, psicodelia, Beatles, Floyd e Echo, numa fornada só. Quando ouvi pela primeira vez aquele ep homônimo, com três faixas, ou a versão para Tomorrow Never Knows, do Revolver, no primeiro lp, fui pego de jeito. Ano passado lançaram mais um cd de inéditas, Ilhas, que ainda não ouvi, mas pretendo remediar em breve esta lacuna ( e contando depois pra vocês, caros amigos leitores), assim como com o dvd que acabaram de lançar, ao vivo, e com orquestra (!!). Recomendo muito a todos os que se interessam por MÚSICA além da histeria midiática, da "contemporaneidade" vazia, da idolatria a bolhas de sabão. Agora chega de blás e vamos ao que interessa, né não?

Óculos de cebola - Fábio, começando do presente, como está o Violeta de Outono? Formação atual, lançamentos, shows...
O Violeta de Outono está num momento muito interessante, com a entrada dos novos integrantes a banda está num ótimo momento criativo, já compondo músicas para o novo disco. Atualmente a banda é um quarteto e conta com Fabio Golfetti (guitarra / vocal), Claudio Souza (bateria) e os novos integrantes Gabriel Costa (baixo) e Fernando Cardoso (teclados) ambos também do CompaCta Trio.

Odc- Fale do seu outro projeto, a Invisible Ópera Company.

Invisible Opera Company of Tibet foi um conceito criado pelo Daevid Allen do Gong –Soft Machine com o objetivo de conectar artistas que compartilham de algumas visões em comum de liberdade, música e expressão. O IOCT possibilitou que divulgássemos nossa música no exterior, temos 2 CDs lançados na Inglaterra além de ser uma alternativa sonora ao Violeta de Outono, um som mais voltado para o space rock, jazz e improviso, um som atemporal. Estarei indo para um festival em Amsterdam para tocar no Gong Reunion com o grupo Glissando Guitar Ensemble ao lado dos mestres Daevid & Steve Hillage.

odc- Dando um flashback: O Violeta foi, para mim, um grande referencial de qualidade nos anos 80. Um mix de psicodelia Beatles, Floyd e Doors com Echo and the Bunnymen. Eram essas mesmo suas maiores referências na banda, ou estaria errado?
Você tem razão, criamos nosso conceito musical inspirado pela música Tomorrow Never Knows do John Lennon, associado as nossas referenciais psicodélicas dos Floyd. Como isso foi combinado no inicio dos anos 80, o ar cinzento que pairava acabou penetrando nas idéias.
ocd- Quais suas maiores referências enquanto guitarrista e compositor?
Daevid Allen pelo conceito e espírito, Syd Barrett pela criatividade e inconsciente, Steve Hillage pela técnica e sonoridade e Jimmy Page pelas idéias de produção.
- Como você definiria o estágio atual do Violeta? Comparando com o cenário atual ?
Estamos num momento muito interessante da carreira, apesar de não estar na mídia de massa, o Violeta de Outono é mais conhecido hoje do que nos anos 80. Isso também se deve ao fato de termos mantido o caminho e a proposta até hoje. No final dos anos 80 criamos uma espécie de mailing através de uma caixa postal, com gravações raras, fanzines e isto possibilitou a existência da banda independente dos veículos “oficiais”.
odc- O que você tem ouvido ultimamente que mais lhe agrada, tanto daqui do Brasil quanto de fora?
Escuto pouco atualmente, fico maior parte do tempo no silêncio, mas como trabalho com a música, costumo gravar ensaios, ouvir referencias dos mestres, e também escuto muito os lançamentos da gravadora inglesa que represento aqui no Brasil, a Voiceprint. Meu gosto vai principalmente pelos grupos dos anos 60-70 (Gong, Soft Machine, Caravan, Khan) mas também escuto jazz (Dave Brubeck, Mahavishnu Orchestra, John Coltrane) e também, grupos de rock mais recentes (The Jeevas, Acid Mothers Temple) entre muitos outros...
odc- Há algo do rock baiano que você gosta ou gostou?
Conheço muito pouco, desculpe, certa vez tocamos no Rio num festival com a banda Brincando de Deus que fazia um som também psicodélico. (certamente conheço o rock baiano que se projetou, Novos Baianos, Raul Seixas e Tom Zé)
ocd- Há chance do Violeta ou da Invisible passar por aqui em Salvador, nesse projeto tributo à Syd Barrett, ou show normal, mesmo?
Estamos tentando alguma possibilidade, algum contato. Estamos muito abertos porém a questão principal são os custos de viagem que precisariam ser dimensionados, mas gostaríamos muito de poder tocar por ai, tenho certeza que temos um bom púbico.
odc- O Violeta lançou recentemente um dvd com orquestra, fale um pouco deste projeto e como podemos conseguí-lo.
Este trabalho foi interessante, talvez nosso trabalho mais “comercial”. Eu tinha um receio em misturar música erudita com rock, não gosto de nenhum trabalho de banda com orquestra. A concepção deste trabalho foi voltada para um pequena orquestra, e por mérito do maestro e arranjador Juliano Suzuki, que imprimiu um sonoridade de arranjos a La George Martin para o som, conseguimos um resultado legal, onde a orquestra como um todo atua como um 4º. integrante da banda. Este DVD está disponível nas principais lojas de São Paulo, Rio e também pela Internet ou através do site do Violeta de Outono http://www.violetadeoutono.com.br/
odc - Qual o último lançamento do Violeta de Outono?
Lançamos o CD Ilhas em 2005. (o primeiro) com músicas inéditas desde o CD Mulher na Montanha de 1999. Este CD conta com o baterista Gregor Izidro (Fuzzfaces) que tocou com o trio de 2000-2003.
odc - Algum novo lançamento em perspectiva?
Como falei acima, estamos num momento de composições para um futuro álbum que devemos lançar em 2006. Este novo trabalho vai registrar a sonoridade atual da banda que ao meu ver será uma extensão do que fizemos no CD Live at Rio Art Rock Fest ’97, um som mais denso com a forte influencia dos teclados, órgão hammond.
odc - o Violeta de Outono sempre se manteve afastado da "grande mídia", tipo clips na mtv, etc. A que você deve isso?
Com relação a clips na MTV é simples, nosso contrato com a BMG acabou em 1990, ano que a MTV se instalou por aqui, e de lá para cá nunca conseguimos um apoio / patrocínio suficiente para registrar um clip seguindo os conceitos estético da banda. A “grande mídia” por sua vez se interessa principalmente por novidades, salvo alguma exceções como atualmente a Revista Bizz que está muito boa e aberta e também a Guitar Player, entre algumas outras.
odc - Manda aí seus top dez álbuns de sempre. Pode ser sem ordem mesmo.
• The Piper At The Gates of Dawn – Pink Floyd
• Revolver – Beatles
• Pawn Hearts – Van Der Graaf Generator
• You – Gong
• Music for Strings Percussion & Celesta, Bela Bartok – Pierre Boulez Conducts The New York Philarmonic
• Third – Soft Machine
• Time Out – Dave Brubeck Quartet
• Lark’s Tongues in Aspic – King Crimson
• Porcupine – Echo & The Bunnymen
• Houses of the Holy – Led Zeppelin
Depois de tudo o que ouço, sempre volto a este clássicos...
odc- Fábio, fique livre aqui pra falar o que quiser pro público baiano, valeu?
Gostaria de agradecer a sua iniciativa e perguntas e também a oportunidade para divulgar um pouco mais nosso trabalho, e espero que possamos em breve fazer algum show por aí, em 2007 teremos vários projetos e com certeza vamos tentar entrar em contato com produtores na Bahia. Muito obrigado!
Foto retirada de: www.progressiverockbr.com

Tuesday, September 12, 2006

ENVELHEÇO NA CIDADE!

Da seção: Incêndio sem Controle:



Meu bolo pra vocês só poderia ser assim mesmo, né não??

Parabéns Adriana, Carol, Leão e Yara.

Neste sábado, esbórnia insuperável na casa da Dinha, Rio Vermelho. Show com os Miseravão em aniversário destes quatro psicopatas etílicos supracitados. Quem se lembrar depois me conta como foi, por que eu, ceeeertamente não lembrarei de porra nenhuma!!

Quem for fodão ( ou fodinha, não esqueçamos as garotas) ainda passa antes no calypso que vai ter Theatro de Séraphin, Theo e os Irmãos da Bailarina e Demoiselle.

E quem bota pra fuder MESMO, Junta os cacos que sobrarem no Domingo e vai ver Cascadura das antigas acústico no Balcão ( só repertório do primeiro e segundo discos). Tudo no Rio Vermelho...olha o virotão pintando!!!

De novo, parabéns garotas ( essa é pra você também, Lyon man ) e mostrem com quantas velas se faz um incêndio despudorado E incontrolável!!

Até lá

Sergio Cebola Martinez

Sunday, September 10, 2006

Coelhos na neve

Echo & the Bunnymen -- The Cutter

Ian McCulloch cantando como nunca...que voz!

Echo and the Bunnymen sempre foi umas de minhas prediletas. Certamente a minha preferida dos anos 80. Peso, psicodelia, lirismo, e essa voz abençoada que aqui nesta canção atinge um clímax. Percebam suas inflexões quase operísticas em certos momentos. O baixo "circular" característico de Les Pettinson, o sempre brilhante e preciso Pete de Freitas ( falecido em acidente de moto acho que lá pelo final dos anos 80) e a psicodelia minunciosa da guitarra de Will Seargent unidos em canção do álbum Porcupine de 83. Um dos melhores refrões de todos os tempos. Para cantar junto: "Am I the happy loss?/Will I still recoil/When the skin is lost?/Am I the worthy cross?/Will I still be soiled/When the dirt is off?"

Sergio Cebola Martinez

POP!

Bangles- Manic Monday

Gosto sim, e daí?

Monday, September 04, 2006

SAÍU!! Prêmio Bahia Rock Independente 2005

E A Guitarra de Ouro vai para...

Prêmio Bahia Rock independente 2005

MELHOR BANDA:
- Dr. Cascadura = 15,2%
- Retrofoguetes = 22,8%
- Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta = 35,7%
- Sangria = 8,8%
- The Honkers = 17,5%

MELHOR CD:
- Azul e Roxo, Tara_Code = 12,4%
- Deep vision of unreality, Veuliah = 5%
- O que me ensinaram a pensar, Malcom = 16,9%
- Revés de um Si Bemol, Mirabolix = 23,7%
- Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, RJLB = 42%

MELHOR EP/DEMO:
- Amanhecer em Minas Gerais, Starla = 16,9%
- Dramorama, Soma = 25,7%
- Lou, Lou = 36,8%
- Tecnologia S/A, Tritor = 7,4%
- Canto dos malditos na terra do nunca, CMTN = 13,2%

MELHOR BANDA AO VIVO:
- Dr. Cascadura = 15,6%
- Retrofoguetes = 27,5%
- Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta = 25,6%
- Sangria = 6,9%
- The Honkers = 24,4%

BANDA REVELAÇÃO:
- Canto dos malditos na terra do nunca = 16,9%
- o vestido preto de valentina = 3,4%
- Malcom = 27,7%
- Mirabolix = 30,4%
- Starla = 21,6%

MELHOR BANDA DO INTERIOR:
- 5 contra 1 (Poções) = 8,9%
- Ardefeto (Vitória da Conquista) = 9,8%
- Cama de Jornal (Vitória da Conquista) = 9,8%
- Declinium (Dias D'Ávila) = 49%
- Lp e os Compactos (Feira de Santana) = 22,5%

MELHOR BANDA VISITANTE:
- Cachorro Grande (RS) = 52,3%
- Gram (SP) = 32,8%
- Nervoso e os Calmantes (RJ) = 7,2%
- MQN (GO) = 2,3%
- Wry (SP) = 4,8%

MELHOR SELO:
- Atalho = 41,7%
- Estopim = 2,3%
- Frangote = 10,6%
- Maniac = 9,8%
- Big Bross = 35,6%

MELHOR ESPAÇO PARA SHOWS:
- Calypso = 15,9%
- Casarão Santa Luzia = 10,6%
- Miss Modular = 53,8%
- Rock in Rio = 12,9%
- Zauber = 6,8%

MELHOR EVENTO:
- Beatles Social Club = 17,5%
- Big Beats = 13,3%
- Gravação do dvd da brincado de deus = 2,5%
- Mercado Cultural = 25%
- Seletiva Claro que é rock = 41,7%

MELHOR EVENTO NO INTERIOR:
- A Conquista do Rock (Vitória da Conquista) = 19,8%
- Cacau Ouro Festival (Itabuna) = 4,1%
- Conquista Rock Festival II (Vitória da Conquista) = 16,6
- Pólo Rock Festival – 2ª Edição (Camaçari) =38,2%
- Rock Rio São Francisco 2 (Bom Jesus da Lapa) = 11,3%

MELHOR FESTA:
- 8 ou 80 = 13%
- Boogie Nights = 18,7%
- Nave = 31,8%
- Os Maicols = 27%
- Soul Sundays = 9,5%

IMPRENSA E INTERNET:
- Bahia Rock = 64,8%
- Caderno Dez = 15,2%
- Discomania = 2,4%
- El Cabong = 9,6%
- Rock Loco = 8%

TV/ RÁDIO:
- 16 Toneladas (Educadora Fm) = 8,6%
- Hora do Rock (Globo Fm) = 14,7%
- Curto Circuito (Transamérica Fm) = 49%
- O Novo Rock Baiano (TVE) = 14,7%
- Soterópolis (TVE) = 12,7%

Sunday, September 03, 2006

Os mestres do pub-rock: Dr Feelgood

Assistam esse imperdível vídeo aqui:

Dr Feelgood - Live In 1975 (2)

Pra comparar com o Eddie do post logo abaixo. Essa seminal banda de pub-rock influenciou muita gente além dos Hot-Rods, inclusive, no nome e também no som, por que não, da nossa Dr Cascadura.

Eddie & The Hot Rods

Eddie & The Hot Rods - Teenage Depression

O elo perdido entre o Dr.Feelgood e o punk rock. Essa música é do lp de estréia, Teenage Depression, de 76.
Logo acima, os próprios Feelgoodies ao vivo em 75.

















Saturday, September 02, 2006

The Killing Moon-Echo and The Bunnymen

A grande vencedora da enquete do Clash City Rockers das vinte melhores canções de todos os tempos. e uma das minhas favoritas também.