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Sunday, October 09, 2011

Stevie Maravilha


Por: Nei Bahia

Vou começar logo com uma confissão: não fui ao Rock in Rio, fui pro show de Stevie Wonder! Antes teve Joss Stone sensacional, mais eu peguei avião, ônibus, van e o que mais precisasse pra ver o ele, que pra muitos, e eu me incluo no grupo, o maior artista vivo da música pop ( ...sorry Paul..) ou como disse meu amigo “The Flash” quando eu falei que iria: “ ...na liga que Stevie Wonder joga, ele bate escanteio e corre pra cabecear, porque não tem ninguém pra jogar com ele, nem de brincadeira....”. Quem vi o show pela TV confirmou, viu como é fácil pra ele fazer aquilo que deixa nós mortais de queixo caído. Ele não tocou todas as jóias, até porque não dava pra ficar lá até depois do sol raiar, mais teve “Sir Duke”, “Higher ground”, “ Another star” , “You are the sunshine of my life”, "Do I do", "Don't you worry about a thing", "I just called to say I love you", “My cherie amour” e “Isn't she lovely”, e pelo menos uma surpresa; um cover de Michael Jackson, "The way you make me feel", melhor que a original com certeza. Surpresa também foi  o chamado do próprio Stevie pra Janelle Monáe fazer a parte final do show junto dele, com direito a “Superstition” e tudo. Ela segurou bem demais, mais o sorriso de orelha a orelha mostrava que ela se sentia no céu. Teve também a parte brasileira , com “Garota de Ipanema” em versão bilíngüe e um improviso de “Você abusou”  que eu já tinha visto em uma entrevista a muitos anos Stevie cantando, ele parece adorar a música não é de hoje. A banda é um capitulo a parte; 2 guitarristas com groove acima da média, os backings perfeitos e mesmo com 2 tecladistas nunca “sobrou” nada, os arranjos fizeram o que deviam fazer. Um suma, noite nota 10!

Em tempo; se quer saber que parte do show eu chorei, melhor perguntar que parte eu não chorei!!

Wednesday, October 05, 2011

Soul in Rio Pt 1


Por Nei Bahia

Pra começo  de conversa: um festival do tamanho do Rock in Rio não pode dar ouvidos a puristas na formação do set, se não as contas não fecham. Falo logo isso até pra perguntar uma coisa ; Stevie Wonder também não é Rock, mais ninguém se atreve a dizer que ele está no lugar errado? Tem coisas estranhas lá , mas é muito melhor estranhezas e incoerências que acontecem do que perfeições que não passam de devaneios. Os anos me ensinaram muito bem isso.
Joss Stone não é uma cantora, é um sonho de consumo; linda, simpática, carismática, tem um sorriso encantador e canta como isso fosse a coisa mais fácil do mundo. A estranheza, uma das várias do festival, o fato de estar no palco secundário ( batizado "Palco Sunset") no fim da contas acabou sendo uma vantagem para quem admira a ruivinha com voz de negona. O show correspondente ao novo "LP1" parece ainda estar em gestação, então as musicas foram sendo colocadas no set de uma forma natural, o que deu ao show um ar de jam de fim de tarde. A competência da banda ajudou demais e Joss teve clima até pra reclamar do cabelo (....COMO?) e tomar chá enquanto decidia as músicas a cantar e reger a platéia, com uma profusão de gatinhas da fina flor da sociedade carioca balançando na Soul music, isso mostra que nem tudo está perdido. O show acabou sendo curto pois o palco principal já estava pronto para a primeira atração da noite, uma celebração necrófila que eu vou fazer de conta que não existiu.

Sendo assim, parti pra sentir o terreno. A área do festival não se distingue do que se vê e ouve falar nos festivais, sempre lanchonetes para muitos gostos ( pra mim ainda falta uma franquia nacional de abará e acarajé) , mais quem não tem cão caça com churrasco de gato. Pelo menos o chope estava  gelado, pois vinha de um caminhão especial, semelhante ao que foi sensação no RIR 1985 ( sim, estive aqui antes....), e a tal Rockstreet, uma réplica da Bourbon street de Nova Orleans, onde em um coreto se apresentava uma banda de Soul-funk que roda a cena local de clubes e bares da lapa e afins, liderada por um cantor e guitarrista e uma cantora de nacionalidade americana. Quem queria dançar tava se lavando, e até "I feel for You" de Chaka Khan apareceu, canção que poucas cantoras tentam pois o tom é altíssimo. Além disso, um espaço reservado à musica eletrônica funcionando até depois do fim do shows, era o local reservado para quem passou do ponto na aplicação e precisará de um local onde liberar energia até um pouco mais tarde.

Partindo finalmente para o palco principal, começa o show de Janele Monae, que Cebola já tinha me avisado; " è quente, pode ir sem medo”. Pois, como sempre a dica era quente e foi o show mais "show' do dia, com roteiro, figurino que até o técnico de som usava ( eu assiti o show ao lado da housemix) ela fez algo muito difícil de se executar; uma apresentação ao mesmo tempo bem ensaiada e calculada, mais sem perder a emoção. Covers de Prince e Jackson 5, e apesar de não possuir uma garganta do outro mundo, canta com elegância mesmo quando solta seu lado James Brown, que alías é predominante. Poderia ser uma oportunidade para as pessoas entenderem o verdadeiro significado da palavra FUNK. No fim ela desceu do palco e foi pelo corredor da segurança até a Housemix, chegando bem perto de onde eu estava. Olho vivo em Janelle, ainda vai ficar melhor do que já mostra.
Mistério, esse é a minha definição pra o Jamiroquai. Ta tudo lá: hits, banda nota 10, grove,  ..........mais tá faltando algo!!! O público deles é grande e super informado, cobraram várias músicas que tocaram em rádio no Brasil ( ..falei no Brasil, não na Bahia ...) em suma, foi animado, bem tocado, a galera dançou, curtiu as imagens do telão, tiradas do clips da banda, o visual de Jay K é tão sem noção que acaba ficando simpático, mas falta alguma coisa.