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Tuesday, December 04, 2007

Mar de calma



Uma breve pausa nas nossas postagens genéricas para um reclame comercial. Pra quem não sabe, essa aí é a capa do cd de estréia ( 4 músicas ) da banda da qual faço parte como baixista. As canções estão disponíveis em www.tramavirtual.com.br/berlinda . O cd em formato tradicional estará disponível já a partir do próximo fim de semana no Boom Bahia Music Fest, festival em que tocaremos no seu segundo dia, Domingo, dia 09, provavelmente às 14:00, aproximadamente. Compareçam desde o Sábado e não se arrependerão. É grátis! Para informações detalhadas acessem: www.boombahia.com.br . Visitem o clashcityrockers ( www.clashcityrockers.blogspot.com ) e leiam a primeira resenha do disquinho, por Marcos Rodrigues, da "band of brothers", Theatro de Séraphin, que, por sinal, tá com seu cd de estréia na boca do forno também. Para notícias atualizadas da Berlinda: www.fotolog.com/bandaberlinda. Em breve, estaremos também no Myspace.

Logo mais, retomamos em definitivo as postagens normais do seu blog favorito, prometendo desde já, atualizações beeem mais frequentes ( Falou, André? ).

Beijitos

Cebola

Wednesday, November 07, 2007

Banquete





NEGRA FLOR EM FÚRIA (O Banquete )


não vou pensar em você neste dia
ensolarado,
tão lindo dia/


que lentamente vem chegando o final
deste dia e de tudo mais
das lembranças que chacinam sua paz /



a insônia que afoga sua mente
as cortinas que encerram sua dor
os sorrisos que afloram sem prazer
construindo sua parede de cristal
e a muralha que um dia irá cair /



serve o banquete, negra flor em fúria
traz o vinho da tua safra especial
os convidados estão por chegar
as dançarinas devem se preparar
acende as velas, esquece o amor
abre o salão para a festa começar
os sacrifícios serão aceitos
e o altar pede sangue, sem demora




Sergio cebola Martinez

Saturday, September 22, 2007

KOYOTES & BERLINDA


No novo espaço Rock que está alimentando esta vilipendiada cena underground soteropólica, tenho o prazer de anunciar nosso primeiro show com o novo drummer man, Juliano. Depois de um tempão sem nos apresentarmos, preocupados na depuração de nosso som e na gravação, já finalizada, de nosso ep, tocaremos ao lado da matilha mais rock da cidade, os highlanders Koyotes, e seu som calcado nos mestres Lou Reed/Bob Dylan/Velvet Undeground, sem nenhum tipo de concessão ao ecletismo despersonalizado do admirável mundo mp3 novo dos tempos que correm loucos e, por que não, divertidíssimos.
O nosso disco tá chegando. Mixagem finalizada. Próximo passo, masterização e aí...E e aí passa a ser com vocês. Breve, show de lançamento.
Sergio Cebola Martinez

Tuesday, September 18, 2007

Festa de despedida


Anderson ( ex - Dinky Dau - valeu Cury! ), vocal e guitarra da The Budas, se despede do Brasil nesta festa. Boa sorte na Espanha, meu velho. A banda conta também com Nuno Chuck Norris ( Estrada Perdida ), no baixo e Coffee Baby ( Estrada Perdida ) na batera. Com um som que remete às paisagens sonoras definidads pelo pós-punk inglês, mas com toques à Sonic Youth e uma poderosa cozinha, seguríssima e ruidosa, The Budas se despede ainda relativamente desconhecida na nossa "cena". É uma pena, mas o trio promete um show inesquecível nesta tarde que contará ainda, como convidada, a Theatro de Séraphin, abrindo, marcando também o primeiro show no retorno de viajem de seu baixista e mentor, Marcos Rodrigues. Depois dos dois shows, uma jam session com quem aparecer e se dispuser. Vamos nessa e cheguem cedo, que o lugar é pequeno, mas o sanduba é de prima. Eu garanto, mas não devolvo seu dinheiro, mesmo porque a festa é grátis.
Sergio Cebola Martinez

Friday, September 07, 2007

Segredos de Setembro



Você é meu único segredo
e , te digo que isso me faz bem
E se for para ter algum medo
é bom ter com você, também.
Sergio Cebola Martinez

Thursday, August 23, 2007

CANCELADO

Infelizmente, tivemos que cancelar o show que faríamos hoje no rock Sandwich. Problemas relacionados ao som, inesperados, e de solução precária, nos fizeram optar pela desistência em prol da qualidade. Achando que qualquer coisa não seria suficiente, decidimos pelo mais doloroso. Pedimos desculpas sinceras, mas se não respeitarmos o que consideramos o mínimo nescessário para o deleite de quem nos assiste, o que mais restaria?

Sergio cebola Martinez

Wednesday, August 22, 2007

Berlinda e Pessoas Invisíveis


Está chegando a hora. Impreterivelmente às 21:00, Pessoas Invisíveis adentrará o recinto e iniciará os serviços de entretenimento roquístico na casa. Acreditem, VAI começar às 21:00. Dando seguimento à essa não inédita parceria, Berlinda volta ao ataque depois de alguns meses de reestruturação e adição de peso e turbulência. Marcará a estréia de nosso novo fuckin´drummer, mr. Juliano, ex-Tequilers e Mr. Grieves, e contaremos com a luxuosa participação especial de brother (literalmente) Candido Sotto ( Cascadura ), em uma cover. Quer saber qual? Apareçam!! É de graça, porra!!!
Assistam nosso vídeo no you tube: http://www.youtube.com/watch?v=hBeGZ-nigLs
E lembrem-se: O evento do ano, para este macaco blogueiro aqui ( fuck you, estadinho ), acontecerá em Setembro! Maiores informações no próximo post deste blog, aguardem!
Sérgio Cebola Martinez

Thursday, August 16, 2007

ELVIS CALLING!

Enquanto se teoriza por aí a cerca do sexo dos demônios brancos, eu prefiro homenagear o homem com esta sugestão. Não, não baixem, COMPREM! Façam um bem ao seu acervo cultural. Nada aqui se perde. Rock ´n´ Roll, country, Rhythm ´n´ Blues, tudo que importava e muito do que ainda importa. Ele é o rei? Não? não é? Whooo cares??? Parafraseando aquele cara: É a MÚSICA, estúpido!! A VOZ, sim! A pélvis, SIM! O TOPETE, sim! Mas a musica faz a diferença.Quem sabe, sabe, e o Clash roubou direitinho essa capa aí em reverência ao ídolo de 50.000.000, não é isso? Notem a sutil semelhança.


Este monolito rocker é de 56. E os 12 mandamentos para aprenter e cantar são estes:

1 - Blue Suede Shoes
2 - I´m Counting on You
3 - I Got A Woman
4 - One-Sided Love Affair
5 - I Love You Becaus
6 - Just Because
7 - Tutti Frutti
8 - Tryin´ To Get To You
9 - I´m Gonna Sit Right Down and Cry (Over You)
10 - I´ll Never Let You Go (Little Darlin´)
11 - Blue Moon
12 - Money Honey

Este aí embaixo é outro clássico obrigatório. From Elvis In Memphis é considerdo por muitos, inclusive, seu melhor disco ever. Lançado em 69. No ano anterior Elvis já tinha mostrado à milhões de pessoas que seu sangue ainda borbulhava de rock ´n´ roll em uma fantástica aparição ao vivo em 1º de Fevereiro, em um programa de televisão que ficou conhecido depois como Elvis 68´ Come Back Special, que se acha em dvd por aí. Um crítico de rock, John Landau, mandou essa: "Ele cantou com uma força que as pessoas não esperavam mais ouvir de cantores de rock ´n´roll".





















As 12 especiais são essas:

1 - Wearin' That Loved On Look (2:49)
2 - Only The Strong Survive (2:44)
3 - I'll Hold You In My Heart (4:34)
4 - Long Black Limousine (3:44)
5 - It Keeps Right On-A-Hurtin (2:39)
6 - I'm Movin' On (2:55)
7 - Power Of My Love (2:40)
8 - Gentle On My Mind (3:25)
9 - After Loving You (3:09)
10 - True Love Travels On a Gravel Road (2:41)
11 - Any Day Now (3:03)
12 - In The Ghetto (2:45)
Saca só o cara em ação, no especial de 68:



Ainda recomendo, veementemente, o documentário That´s the way it is que mostra a fase Las Vegas ainda no início e onde ele ainda derrubava paredes.




É claro que ele engordou, e é claro que deu várias escorregadas, mas essa parte eu passo, falei?


Amem.
Amém!

Sergio Cebola Martinez







Este post é dedicado à Nuno Ricardo ( Estrada Perdida e Theatro de Séraphin ), o maior fuckin´ fã de Elvis que eu já conheci por estas terras devastadas.

Saturday, July 28, 2007

Jesus and Mary Chain: Ame-o ou deixe-o!

De certa forma, nada de inteiramente novo, conceitualmente falando, é claro. Melodias sixties, na melhor tradição Beach Boys ( primeira fase: Pré-Pet Sounds ), produção estilo Phil "Wall of sound" Spector, letras sobre sexo, drogas, depressão, coisas nossas de cada dia. A bateria toscamente minimal de Bobby Gillespie ( que só tocou este disco ), e o baixo qualquer nota de Douglas Hart, seguram o diferencial: Um tornado sônico furioso ( e às vezes doce - psico-doce, é claro ) de guitarras à beira do insurpotável, estorando os VU´s pro inferno, na cola da outra banda pilar do JAMC, o Velvet Underground. Jim e William Reid, dois bebuns escoceses não perdoavam suas canções. E se auto-definiam melhor do que qualquer um: Psychocandy ou Barbed Wire Kisses ( título de coletânea lançada anos depois ), não são grandes definições em si mesmas? Por aí. São dois lados de uma personalidade "esquizofrênica" fundindo-se e criando uma terceira, agoniada, chapada, doce ( lá vamos nós de novo ) e poderosa. Esse disco é tipo ame-o ou esqueça-o, não rola meio termo nem a pau. E se está aqui no meu blog, você já sabe de que lado eu estou.

























Sergio Cebola Martinez

Friday, July 13, 2007

Ah sim! Feliz dia do ROCK!


Para aqueles que se importam com este 13 de Julho. Não se importem tanto com teorias apocalípticas, com messias de rímel e ocasião, com tristonhos profetas dos tempos que não voltam mais, com os radares desfocados de hypeiros deslumbrados... Long live rock ´n´ roll!
Sergio Cebola Martinez

Até parece que foi ontem à noite!



De: Sergio Cebola Martinez

Para: The Rock Addicteds

Neste ano de comemorações dos 15 anos do Cascadura, uma homenagem deste fã de longa data: Em breve, um mega-post à trois, com fotos cabulosas e, é claro, um texto preparado com carinho e atenção histórica por Nei Bahia, Paulinho Oliveira e eu mesmo, onde tentaremos encarar a esfinge e responder à questões que envolvem esse nosso vício diário: o rock, em especial, é claro, o CascaRock. Para todos os neófitos, ouvintes eventuais, fãs e fãs-que-cantam-todas-as-músicas-antes-de-Fábio-começar!! Vocês não perdem por esperar, e que o céu não caia sobre nossas cabeças antes disso.

Até mais ver.

Cebola

Sunday, June 10, 2007

Anjos e arcanjos repousam neste éden infernal*

* Ave, Lucifer ( Arnaldo Batista/Rita lee/Élcio Decário)

Terceiro álbum dos Mutantes, meu predileto. De 1970, a divina comédia ou ando meio desligado retrata uma banda um pouco mais distante de suas origens "tropicalistas", guardando deste movimento apenas o caráter anárquico/iconoclasta que, de qualquer forma, sempre estave nos genes da banda. Mais focado na grande paixão musical de seus três fundadores (rock ´n´ roll, psicodelia, hard rock para os desavisados), as 11 faixas do disco são perfeitas em seu próprio jogo. Da grande sacanagem com Chão de estrelas, clássico da mpb, que rendeu um disco arrebentado, ao vivo, no programa de Flávio Cavalcante e, provavelmente, muitas gargalhadas em Rita, Sergio e Arnaldo, passando pela bandeirosa psicodelia de Ando meio desligado ( com certo parentesco bastardo com outra "ode" lisérgica, Eight Miles High, dos Byrds ), finalizando com a hard-psycho-instrumental Oh! mulher infiel, o lp só tem clássico! Boogie garageiro com pitadas latinas, em Quem tem medo de brincar de amor ( de Roberto e Erasmo Carlos!), o "épico" lisérgico à Beatles em Ave, Lúcifer, o pop-gospel-gregoriano de Haleluia, doo-wop irônico em Hey boy, mais Beatles em Jogo de calçada, blues com uma letra bizarra ( "Meu refrigerador não funciona", hilariante ), e a incrível, e uma das melhores deste disco de gemas, Desculpe, babe.

Sem pedir desculpas a ninguém, é a partir deste trabalho que Os Mutantes tomam em suas mãos o controle absoluto sobre sua musicalidade. Sem desmerecer em nenhum instante os fantásticos dois primeiros discos, eu acho que é neste que eles atingem o seu ápice. E sob os seus próprios termos. A linda arte de capa é uma reprodução de gravura de Gustavo Doré para uma edição de A Divina Comédia, de Dante Alighieri. Nela, Rita e Sergio observam Arnaldo em uma cova infernal. E pra rolar uma pitada polêmica, como não poderia deixar de ser, na contracapa, Rita, Sergio e Arnaldo semi-nus, deitados em uma cama, em uma sugestão nada sutil de um menage a tróis observados por Liminha (se não me engano ) de pé, ao lado da cama. Ando meio desligado fez uma carreira de sucesso, tendo se classificada em segundo lugar para as finais do FIC, Festival Internacional Da Canção, e gloriosamente aplaudida pelo público.

Esse disco marca também um período de grande ascensão popular para os Mutantes. O ano anterior já havia rendido grandes dividendos para o grupo; " Melhor poderia estragar. Em meados de 69, as coisas corriam bem como nunca para os Mutantes. O prestígio conquistado com as apresentações na Europa, o relativo sucesso do segundo LP, e a repercussão da campanha publicitária da Shell começavam a render fama - e até um certo dinheirinho - para o trio." ( Carlos Calado - A divina comédia dos Mutantes, primeira edição, 1995, pág. 191). Já no ano seguinte, foram convidados para substituir Elis Regina em uma temporada de shows no Olympia, em Paris. Aliás, o nome da banda foi sugerido pelo próprio diretor do teatro, Bruno Coquatrix, encantado com a boa repercussão das apresentações dos Mutantes no ano anterior, na França. Deste segundo disco, até em trilha de novela ( Beto Rockfeller, com a música Não Vá se Perder Poir Aí, que foi trilha de comercial da Shell ) eles entraram.

Dentro desse contexto bastante favorável, os Mutantes deitaram e as pedras rolaram para mais um trabalho inventivo, revolucionário, coeso e anárquico ao mesmo tempo. Se for pra recomenar, eu recomendo todos, mas se for pra escolher um só, A Divina Comédia Ou Ando Meio Desligado é minha dica.

Sergio cebola Martinez

Thursday, June 07, 2007

Dica pra sexta feira de ROCK NOITE


Show de lançamento do CD e DVD da Estrada Perdida
Local: Zauber
Data: 8 de junho
Horário: 22 horas
Entrada Franca



No dia 8 de junho, sexta-feira, a Zauber será palco de um dos lançamentos mais aguardados da cena rocker de Salvador: o lançamento do CD e DVD "Estilo CDR", da Estrada Perdida. O Show, que ainda conta com a participação da banda A Fábrica, de Camaçari, começa ás 22 horas e a entrada é franca. Durante o evento será comercializada a edição dupla, CD + DVD, pelo preço promocional de R$ 15,00.

Antiga Penetration, a Estrada Perdida é um revide criativo, de júbilo, força e energia, que reafirma elementos clássicos do rock'n roll, como aceleração, furor e velocidade, e letras que abordam o desejo e o deserto urbano com agressividade e lirismo. É justamente na técnica das suas composições e na força da sua performance que residem os grandes trunfos da banda. Para Cebola Elétrica, vocal e guitarra, o lançamento do CD e DVD juntos foi um casamento perfeito: "a performance registrada no DVD dá um mostra do vigor das apresentações e da empatia com o público nos shows e o CD proporciona a expressão da qualidade técnica do som da Estrada".

A partir de junho a banda bota o pé na estrada e faz uma turnê de lançamento deste petardo audiovisual no interior da Bahia, começando em Camaçari, depois adentrando o Recôncavo. Para em seguida, penetrar as capitais de Minas, Rio e São Paulo, cidades onde o CD-DVD já tem uma estratégia de distribuição nas lojas especializadas.

Cão Errante - Produção totalmente independente, "Estilo CDR" é o principal lançamento da Cão Errante Produções Artísticas. A produtora, criada com o intuito de agregar talentos dispersos na Soterópolis, reúne música, poesia e literatura. Até o final deste ano estão previstos o lançamento de um livro de poesias, de Humberto Sansa, o clipe e o CD do rapper Preto Seda, e o primeiro CD da banda de jazz-rock-progressivo Askesis, onde o vocalista da Estrada toca guitarra. Há três anos na correria, a Cão Errante já é conhecida na cena artística da cidade com eventos multimídia na Berinjela, Zauber e no Casarão 56.

Sobre o DVD
O DVD "Estilo CDR", da Estrada Perdida, foi resultado do registro do memorável show na Zauber, em agosto de 2006. Com a casa lotada, a banda levou o público presente ao êxtase visceral do rock. A dinâmica do show somada a total empatia entre banda e público derrubam de vez as fronteiras que separam artista e platéia, que participou ativamente cantando, berrando, dançando e, em alguns momentos, dividindo o microfone. Toda essa vibração, conduzida com maestria pelo vocalista Cebola Elétrica, dá um ar de ebulição em todo o ambiente do show.

No repertório, mesclado com canções próprias e covers bem escolhidos, destacam-se Filho do Fogo, um canto de amor à errância e ao vigor instintivo da vida, O Proceder de um Homem, melancolia resoluta e vigorosa, como o ar de um homem que atravessou o deserto, e Trama de Penetration, verdadeiro hino "CDR". Em Cidade Mídia, uma alfinetada irônica na política midiática da nossa época.

O DVD é marcado também pelas versões viscerais de Fox Lady, de Jimmy Hendrix, White Light/White Heat, do Velvet Underground, e Sinca Chambord, do Camisa de Vênus. Enfim, um DVD cheio de vitalidade e experimentação, um registro do underground baiano que os fãs do rock'n roll há muito esperavam.

O Show

A trilha sonora do fim do mundo. Cada show da Estrada Perdida é como se fosse o último. Não, não estamos falando do último show da banda, mas do último show de todos os presentes. Nada mais resta, o mundo vai acabar e não estamos nem aí! O espírito do rock com uma certa lente de aumento que faça passar aí uma linha intensa, obter do próprio clichê uma imagem real, um êxtase real. Quem já viu sabe do que estamos falando.

No show de lançamento do CD, DVD e turnê "Estilo CDR", o repertório mescla músicas do CD com novas composições, que farão parte do próximo CD da banda, previsto para 2008. Uma hora e meia de puro rock'n roll. Vinte músicas, dezesseis composições próprias e quatro covers de Lou Reed, Jimi Hendrix, Nick Cave e Iggy Pop, principais influências da banda.

Saturday, April 28, 2007

Favoritos particulares & Reclame Comercial


Momento Inesquecível ( Título em português ): Eu adoro este filme. Ficou uma semana em cartaz, no Iguatemi, lá por 84, 85, sei lá. Fui ver sem maiores expectativas, num Domingo nublado, frio. Foi, para mim, marcante e, sem trocadilho, ou com mesmo, um momento inesquecível. Demorou mais de 20 anos para eu voltar a assisti-lo, agora em dvd, que tive que importar, pois por aqui acho que nunca existiu. A Second Spin resolveu meu problema. Comecei a assistir meio que com aquele receio de destruir a imagem mental que eu tinha daquele momento. Que nada. Adorei de novo cada diálogo, cada cena, cada sugestão. Recomendo com louvor. É um cult particular. Foge de clichês, de soluções óbvias, mantendo sempre uma aura, um clima, meio fantástico, mágico, bizarro, alegre, mas também nostálgico e melancólico. Dirigido pelo inglês Bill Forsyth, e com a especialíssima participação de Burt Lancaster, Local Hero ainda conta com uma trilha fabulosa de Mark Knopfler, onde ele capta muito bem todo este clima meio onírico e nostálgico do filme. Para maiores informações, vá em: http://www.allmovie.com/cg/avg.dll?p=avg&sql=1:29815~T0 , e se quiser assistir, me arranja uma mídia que faço uma cópia ( legendas só em inglês e espanhol ).



NICO soberba: DESERTSHORE ( 1970 )



Conheci agora e já se tornou um favorito instantâneo. Colaboração entre Nico e John Cale ( ambos ex- Velvet Underground ), aqui os dois se superam em lirismo, crueza, dor e contrapontos, em um disquinho assombroso ( e quase assombrado, de tão assustador). Nico cantando praticamente à capela em My Only Child, arrepia até os pelos dos dentes. John Cale está em estado de graça e faz a cama gótica/clássica para Nico derramar sua voz gelada como o Alasca (como todos os seus amigos a chamavam!? ).



Obrigatoriíssimo!! (se é que isso existe). Comprem, roubem ou baixem e curtam até o fim.



ODESSEY AND ORACLE - THE ZOMBIES







De 1968, brilhante, pop e psicodélico, um elo perdido entre Beatles, Byrds e Beach Boys, este disco é outra dessas maravilhas que não cansarei de ouvir nunquinha. Com o diferencial de um órgão/piano mezzo clássico mezzo jazz, os Zombies não fizeram sucesso como seus contemporâneos citados, mas deixaram essa brincadeira de gênios para a posteridade. Perfeito, além do necessário, a banda já tinha se desfeito quando foi lançado. Período fértil, cheio de glórias e mitos, mas também de gênios obscuros e estrelas ofuscadas. Mas não descansem em paz antes de ouvir este disco. Estes “Zombies” também detonam (além dos de George Romero, né Chico?).
Theatro de Séraphin e Pessoas Invisíveis, Sábado, Zauber, 05/05


e o rock continua rolando...



Inté mais ver,

Cebola

Saturday, April 21, 2007

Vórtice

Infinito. Vastas possibilidades desconhecidas de conexões improváveis percorrendo a trilha tênue de mundos sem nexo e aterradores destinos onde o mais puro ser se dobra à fatalidade macabra onde membros destroçados oferecidos ao nada de sua azulada tv 29 polegadas comprada na última liqüidação oferecida pela linda realidade rapidamente esquecida na próxima esquina da semana inócua de sua vida vã onde ternos homens de terno passeiam entre ruas entulhadas de carros e gentes com rumo e pessoas sorridentes sem força mais para viver a verdadeira força de estar vivo e onde a luta diária se torna a luta estúpida por se mais fazer valer pessoalmente que viver. VIVER, é a palavra chave. Infinito. Pois então. Onde foi sua última palavra? A última declaração verdadeira de amor infinito e cruel e sem dó da própria culpa? A entrega e orgânica vontade de esquecer tudo o que passou ou está por vir? Infinito. O declínio já começou. Numa rocha à beira mar, olhando distante e sem motivo. Já começou. Já estava lá imperceptível e sem glória. Sem ninguém para lhe assistir. O Declínio. Andando, andando, anda sem mais querer, vou lhe contar urna história:

Nasci e nem me lembro. E pergunto, como e por que uma pessoa pode nascer e não se lembrar, droga! É a porra do momento mais esdrúxulo da vida, e ninguém nem se lembra de nada! Bizarro. Uma vez sonhei um sonho estranho: Três pessoas vestidas como personagens bíblicos, sombrias e distantes se aproximam de mim. Nada dizem, nada demonstram. Só se aproximam. Lentamente. Silenciosamente. Elas, eles, aquilo, se aproxima e o terror se instalando paulatinamente, com seus dedos frios e compridos, acariciando a cabeça...comprimindo... Nada demais? Só se você não estivesse lá. O sonho arcaico. Primevo. Fundador. Eles ( três), apenas se aproximam. Caminham lentamente. Silenciosamente. Da janela, uma explosão. Três letras...quais são? J...N...sei , merda, lá!! Os três me assombram ainda hoje. Não sonho mais com eles. Nem penso mais neles, mas o que significavam?? Sonho 2 – Estou ali naquela sala imensa e branca. Pura. Santuário? Cubos, hexaedros, cones, formas perfeitas e imensas...Movo-as de um ponto a outro, sem questionar, passo a passo, movimento contínuo, repetido, sempre, sempre, sempre, mais...e sempre...e eu só tinha ...quantos anos? 12, 15, 17?? sei lá! Sonhos tão perfeitos em sua premonição ingênua e perfeita. Ei, acredite neles! Prova viva. Se eu pudesse avisar alguém...se só pudesse fazer acreditar...Os três, os cubos, a pedra grande, areia, mar...mar indecifrável.

A. Cepa

Continua (?)

Sunday, March 11, 2007

P-p-p-por enquanto é s-s-só, pessoal.


a estrela que caiu vai mudar a madrugada
por que o futuro é o tempo que nunca acaba*
*A Balada da Estrela Cadente - Miguel Cordeiro

Wednesday, January 03, 2007

AO INFERNO, JAMES BROWN


Por Zezão Castro

Todo dia, ao lado da minha casa, em Camacã, um ritual sanguinário captava aas atenções de todos na vizinhança: um porco era assassinado com uma facada certeira no coração, emitindo guinchos assombrosos, uinchhhhhhhhgriiiiiiiiiinch... uinchhhhhhhh. Bastava dar 3 da tarde que os vizinhos,donos de um açougue sacrificavam o animal para abastecer seus clientes. Estes gritos nunca abandonaram de todo minha memória auditiva. Pareciam, ao meu ver inalcançáveis à goela humana, até que, anos mais tarde, se reacendem dasprofundas do inconsciente na goela de um negão norte-americano o uloselvagem. Seu nome era James Brown, a quem se atribui ter sido o inventor da música soul quando em 1956 estourou com Please, please, please.

A música negra mundial, aliás, não seria nunca mais a mesma após ele, que espalhou admiradores ao longo dos hemisférios: Prince, Michael Jackson, Slyand The Family Stone, The Who, Fela Kuti, Jackie Wilson, Tim Maia, Gerson King Combo, O Rappa, Sandrá Sá, Black Rio, Ed Motta... Mesmo em Salvador,nos anos 70, negros que deixavam a cabeleira estufar e que usavam calças bocas-de-sino da Liberdade à Federação eram chamados de browns. "Lá vem os braus! "diziam.

O cantor foi hospitalizado com pneumonia e morreu na última segunda-feira em decorrência de um colapso cardíaco. Tinha também câncer de próstata. A reprercussão de seu falecimento faz jus ao seu legado de mais de 800 canções, sendo que 17 delas ocuparam os topos da parada. Tinha show marcado para o reveillon em Nova Iorque.Onde quer que se escute uma linha de baixo pulsante, uma guitarra gruvando em poucos acordes, com um naipe de metais apimentando as melodias e um grito do gueto valorizando a cor e a cultura, ecoa o berro suingado do velho James,que soube também, em meio a escaladas fenomenais, ter posicionamento político no campo musical, exortando os negros de seu país (inicialmente) a bater na caixa dos peito e cantar: Say it Loud! I,m black and I proud (Digaisso alto: sou negro e tenho orgulho) ou então assumir os prazeres mundanosdo escalde em letras como Stoned to the bone (doidão até os ossos).

Além disso a marca do seu som era o que os estudiosos chamam de síncope, ou seja, quando uma nota é executada em tempo fraco ou parte fraca de tempo e se prolonga ao tempo forte ou parte forte do tempo seguinte. Pode ser que suacabeça não entenda mas seus quadris saberão o que digo quando o DJ tocar Sex Machine (Get uppa!). Para muitos de minha geração (30 e poucos ) James Brown aparece através de um de seus hits I Feel Good, publicizada pelo filme Bom Dia, Vietnã ou então no filme Rocky II, quando aparecia cantando Livingin America. Teve duas bandas lendárias que o acompanharam: The Famous Flames desded 56, e, a partir de 1970, The JB´s, com Bootsy Collins(este,depois, entrou no Funkadelic e Parliament, de George Clinton) .

Apesar de ser um artista de soul, o cantor pertencia a uma geração de artistas da música americana que romperam as barreiras da música feita para os corôas e imprimiram uma nova marca no mercado: a a música para jovens, a exemplo de Chuck Berry, Little Richard, Fats e o próprio Elvis mas ,diferente destes , se segmentou entre os brothers de cor, que o tinham como referência. Teve discípulos, membros de sua banda que reproduziram sua influência como Lyn Collins, Maceo Parker, Bobby Bord, Bootsy Collins.Consuma-os e não te arrependerás!.
Pude conferir ao vivo e a cores a performance do Godfather of Soul na última semana de agosto de 2001, num lugar chamado The Ocean, que parecia um Rock in Rio Café triplicado. Isto aconteceu uma quinzena antes de Bin Laden providenciar a queda das torres. E digo: foi o melhor show da minha vida!Melhor que Os Stones. Em verdade, não era um show, era um ritual, uma celebração onde Sr Brown regia uma orquestra de funky: dois baixos, uma bateria, guitarra, naipe de metais, teclado, backing vocals e as dançarinas. Impossível parar quieto. Mas também tinha umas baladas de arrepiar o couro, muito boas para namorar. Tinha até armário com ficha para quem quisesse deixar jaquetas e afins.

Ao início, a banda sozinha tocava um tema instrumental enquanto um mestre de cerimônias perguntava num inglês cheio de gíria quem o maior trabalhador do show business? James Brown! a massa gritava. Quem é maior cantor vivo doplaneta?James Brown! Quem é o cantor de I Feel Good, Papa,s Got a brand Newbag , Sex Machine, Please, Please, Please? James Brown! James Brown! JamesBrown! berrava a platéia, inflando a egolatria do auto-entitulado senhor dinamite.Não mais que de repente ele apareceu e a platéia era, desde já, suaescrava. Gritaria da zorra e o cara com os dentes abertos e seu cabelo alisado pro lado. Virei o copo de uísque (Cold Turkey) que desceu com gelo e tudo.

A banda, ensaiadíssima, obedecia a cada gesto seu. O gogó, apesar dos 68 anosde então, estava em cima, embora ela não desse aquela escalada do tipo batero ovo no chão. Fora isso, os pés do cara formigavam. Fiquei a uns quatro metros do palco que não devia ter mais de 3 metros de altura. O suorescorria e ele cumpria seu sript, incluindo a clássica senha: Take me to thebridge (leve-me à ponte), que expelia, a cada vez que queria pular para aparte B de uma música. Sonzeira dos demônios, com um solo de sax. Deviam terumas 1000 pessoas no local .

Depois de uns 3 funkaços, vieram as baladas. Try-me ,a primeira delas.Alguns casais colaram rostos. E bocas. Na mesma vibração, ele veio com It´s a man´s world. Quando o palco virou púlpito e ele passa a perguntar aplatéia; Vocês conhece John Lennon? Yeahhhh! , respondiam. Martin LutherKing? Yeahhh! Marvin Gaye? Yeahhhh ! Janis Joplin? Yeahhhh... E o culto seguia. Na sua cadência de quem foi criado em brega mas canta na cartilha do gospel. Outro número do seu mise en cene se reproduzia diante dos meus olhos. A base da música segurísima, na cadência do blues e Brown se ajoelha.Como quem fraqueja. Seu assistente deposita a capa preta sobre suas costas.Menos de um minuto depois ele salta, fortalecido. A capa esvoaça e cai lá adiante. A música segue. O número acaba. Living in América vem na sequência.Não é das melhores mas quem se importa quando o "godfather" canta? RockyBalboa X Apollo Doutrinador...Quando parececia que os ânimos feneceriam, ele pergunta se alguém quer ouvir Janis Joplin? Diante da afirmativa, uma de suas vocalistas assume opimeiro plano e puxa a música mais funky do repertório jopliniano: Try (justa LIttle bit harder ). O baixão entra peidando na música e Brown vai tirar uma filipeta nos teclados e fazendo backing vocal. O show podia acabar ali, mas ele segue. Puxa I Feel Good e o povo vai ao delírio. Depois vem Superbad num dos seus muitos gritos, o tal lamento do porco aparece. Shouwzasso.Fora outras memórias que o quinto copo de uísque me surrupiaram. Para esquentar ainda mais o infermo, James Brown.

Discoteca básica:

Live at the Apollo - 1963

Cold Sweat - 1967

Mother Popcorn - 1969

The Payback - 1973

Hell - 1974